Como evitar a contaminação pelo novo Coronavírus durante o uso do transporte público?
Em meio a retomada das atividades econômicas em muitas partes do país, muitas pessoas estão adequando seus hábitos para seguir a risca as medidas de segurança contra o avanço da Covid-19. Isso também inclui uma série de cuidados necessários que devem tomados no transporte público, principalmente nos ônibus. Entre as principais recomendações estão:
• Use máscara, esse é imprescindível,
• Não esqueça de passar álcool em gel nas mãos quando sair do veículo,
• Evite tocar o rosto durante a viagem,
• Mantenha as janelas sempre abertas,
• Não sente nos degraus do veículo,
• Procure não colocar as mochilas no chão.
De acordo com a enfermeira Juliana Almeida Nunes, especialista da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Sírio-Libanês, na impossibilidade de manter o distanciamento, é importante estar consciênte de que é a população que deve adquirir costumes que respeitem as recomendações sanitárias de autoridades e especialistas.
As orientações iniciam logo na entrada do ônibus, quando Nunes recomenda que os passageiros aguardem que a pessoa à frente passe a catraca para evitar a concentração de muita gente na parte da frente, o que comum caso alguém precise pagar o motorista ou cobrador com dinheiro.
Em São Paulo, após a decisão da Prefeitura que permite que os ônibus durante o trajeto passem a transportar passageiros em pé, é inevitável que seja necessário se segurar nas barras de apoio. Por isso, a enfermeira ressalta que é fundamental fazer uso de álcool em gel logo após a saída do veículo. “É importante também evitar tocar o rosto ou a máscara. Caso isso seja necessário, é preciso higienizar as mãos antes com o álcool”, diz.
Essa regra também vale para qualquer outro objeto pessoal que seja tocado durante a viagem. Caso contrário, todos esses itens devem ser higienizados após o passageiro descer do ônibus. Tal recomendação é valida para, celulares, aparelhos de som dentre outros eletrônicos, carteira e produtos de maquiagem, também estão inclusos.
Uma dúvida corriqueira para a qual a especialista chama atenção é em relação ao uso das luvas hospitalares. De acordo com Nunes, não há necessidade para que elas sejam utilizadas, sendo que o correto, na verdade é evitá-las. “Imagine que a luva deixasse uma marca de tinta em cada lugar que ela encosta. Se o primeiro estiver contaminado, ela vai sair deixando marcas em todos os demais lugares em que ela entrar em contato”, explica.
Em casos semelhantes, a enfermeira sugere que a melhor opção é o uso do álcool em gel, já que a substância mata o vírus que estará nas mãos. É diferente do ocorre com as luvas, que serão descartadas no lixo e podem se tornar vetores do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Outro comportamento bastante comum nos ônibus é o costume que alguns passageiros têm de colocar bolsas e mochilas no chão, ou ao meio das pernas. Para evitar o contato com o assoalho, a especialista recomenda que elas sejam transportadas à frente do corpo. Assim, além de evitar o processo de contaminação os usuários conseguem olhar quando estão incomodando os demais passageiros.
Nunes também recomenda que as pessoas não sentem em degraus, situação frequente vista principalmente nos ônibus articulados e que procure sempre manter as janelas abertas. “É uma coisa automática que a gente costuma fazer, ainda mais agora que estamos entrando em uma estação fria. A gente entra no ônibus e a primeira coisa que faz é fechar as janelas”, completa Nunes.
E por fim, caso o veículo fique próximo à sua lotação máxima, a enfermeira diz que, se possível, os passageiros devem ficar de costas ou de lado um para o outro, nunca de frente. A orientação também vale para um usuário em pé que está à frente de outro sentado por exemplo, já que o passageiro no assento fica exposto às gotículas da respiração de quem está em pé e descem.
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Via - IG
