9 planetas hipotéticos que podem existir em nosso Sistema Solar
Além da
nossa bela e boa Terra, o nosso sistema solar está repleto de planetas, cometas e asteróides dos mais variados tipos e
uma única estrela que bem conhecemos que é o Sol. Alguns séculos atrás, muitas
pessoas acreditavam que lá fora existia mais de oito planetas. Eles rotulavam erroneamente
asteróides como planetas, além de “descobrirem” e “previrem” a existência de
alguns planetas que nunca ouvimos falar.
Algumas
dessas previsões se concretizaram - como Netuno, que foi descoberto tempos após
sua existência ser prevista. No entanto, muitos mais permaneceram hipotéticos.
Acreditamos que alguns desses planetas possam existir, enquanto sabemos que
outros não. No entanto, devemos sempre manter nossos dedos cruzados.
1.
Vulcano
Vulcano é um
planeta hipotético que se acredita estar entre Mercúrio e o Sol. O planeta foi
proposto séculos atrás, após um grupo de astrônomos observarem que Mercúrio
mudava ligeiramente sua órbita a cada volta ao redor do sol.
Em 1859, o
astrônomo francês Urbain-Jean-Joseph Le Verrier sugeriu que tal anomalia era
causada pela atração gravitacional de um planeta desconhecido situado entre
Mercúrio e o Sol. Ele o batizou o suposto planeta de Vulcano em homenagem ao ferreiro
do mesmo nome.
Um ano
depois, o astrônomo amador Edmond Modeste Lescarbault afirmou ter visto um
pequeno ponto preto perto do sol. No mesmo instante Le Verrier disse que o
ponto era o planeta Vulcano. Mais tarde, outros astrônomos afirmaram ter
avistado o planeta indescritível, embora alguns insistissem que não podiam
vê-lo.
Apesar da
falta de provas concretas, Vulcano foi logo considerado o primeiro planeta do
sistema solar. Provavelmente também porque Le Verrier, era uma figura de
autoridade na astronomia. Treze anos antes, ele propôs a existência de Netuno após
observar que um planeta desconhecido estava alterando a órbita de Urano. Além
disso, a existência de Vulcano era a única explicação para a órbita aleatória
de Mercúrio.
2. Tyche
Tyche é um
planeta hipotético situado em algum lugar da nuvem de Oort, na borda do sistema
solar. O planeta foi proposto em 1999 por três astrofísicos da Universidade da
Louisiana. O trio sugeriu que Tyche tem o tamanho de Júpiter, porém possui três
vezes a massa do mesmo e orbita o Sol uma vez a cada 1,8 milhão de anos.
Os
astrofísicos propuseram Tyche para explicar a existência de muitos cometas
antigos na região. Tais cometas levam mais de 200 anos para completar uma
órbita ao redor do sol. Os astrônomos acreditavam
que esses cometas “velhos” surgiam de locais aleatórios no sistema solar.
No entanto,
os astrofísicos dizem que os cometas, na verdade, vêm da nuvem de Oort e são
lançados em direção ao Sol pela força gravitacional de Tyche. A NASA usou seu
telescópio Wide-field Infrared Survey Explorer (WISE) para procurar Tyche entre
2012 e 2014 mas não encontrou nada.
3. Planeta
V
Há 3,8
bilhões de anos, um misterioso grupo de asteróides atingiram as superfícies de
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte e Lua. Os cientistas chamam esse grupo de
Bombardeio Pesado Tardio (LHB). Entretanto, até hoje eles não conseguiram
decifrar de onde esses asteróides vieram.
Alguns
cientistas sugeriram que os asteróides vieram dos restos do planeta V, que fica
em uma região entre Marte e o cinturão de asteróides que separa Júpiter de
Marte hoje.
Os
cientistas acham que o planeta V era menor do que Marte, o que pode explicar
por que sua órbita foi fortemente alterada pela atração gravitacional de
Júpiter e de outros planetas externos. O planeta V logo se tornou instável e se
perdeu no cinturão de asteróides, lançando asteróides em direção a Marte e os
outros planetas internos. Mais tarde, o próprio planeta V foi lançado no Sol ou
ejetado para bem longe no sistema solar.
4. Theia
Os
cientistas atuais acreditam que a Terra e a Lua foram criadas após um planeta
que eles chamaram de Theia colidiu com Terra primitiva. A colisão fez com que o
Theia menor se partisse, enviando fragmentos para o espaço. Um desses
fragmentos tornou-se na Lua que vemos hoje.
Os
cientistas reacenderam essa teoria depois que testes em rochas lunares
revelaram que a Terra e a Lua foram feitas do mesmo material. Hoje em dia, os
cientistas acreditam que Theia se chocou contra uma Terra mais velha há cerca
de 4,5 bilhões de anos. Ambos os planetas se misturaram para criar a Terra.
Após a criação da Terra, um fragmento se desprendeu da Terra e formou a Lua.
5.
Phaeton
Até pouco
tempo, os astrônomos acreditavam que havia outro planeta desconhecido em órbita
entre Marte e Júpiter. A existência desse suposto planeta pareceu mais verídica
quando Giuseppe Piazzi encontrou o planeta Ceres em 1801. Um ano depois,
Heinrich Olbers descobriu o que se pensava ser o planeta Pallas.
Olbers logo
percebeu que Ceres e Pallas costumavam fazer parte do mesmo planeta. Essa
crença foi reforçada quando os planetas Juno e Vesta foram descobertos. Ceres,
Pallas, Juno e Vesta foram posteriormente reclassificados como asteróides e
considerados remanescentes de um planeta hipotético chamado Phaeton.
Os
astrônomos da época pensaram que Phaeton havia se dividido e criado os quatro
grandes asteróides e todos os outros no cinturão de asteróides entre Marte e
Júpiter hoje. Alguns astrônomos pensaram que o Phaeton havia se fragmentado
depois de explodir, foi destruído por Júpiter ou se chocou contra outro corpo
celeste. Alguns pensam que este corpo celeste é Nêmesis, uma estrela hipotética
que se acreditava estar em nosso sistema solar.
No entanto,
os astrônomos de hoje refutaram a existência de Phaeton. Eles dizem que os
asteróides no cinturão de asteróides sempre foram asteróides. Eles estavam
presos entre Marte e Júpiter e teriam se formado em um planeta se não fosse
pela enorme atração gravitacional de Júpiter que os mantinha separados.
6. Nibiru
Nibiru é um
planeta hipotético que supostamente se esconde em algum lugar do nosso sistema
solar. Embora a NASA diga que ela não existe, os teóricos da conspiração
insistiram que o corpo celeste era real e iria se chocar contra a Terra no ano
de 2012.
Nibiru foi
proposto pela primeira vez por Zecharia Sitchin em seu livro The Twelfth
Planet, de 1976, onde ele afirma Nibiru que orbitava o Sol a cada 3.600
anos. Muitos anos depois, a vidente Nancy Lieder declarou que os alienígenas a
haviam avisado que Nibiru se chocaria contra a Terra em 2003. Mais tarde, ela
mudou a data para 2012.
7. O
Planeta 9
Bem como
Nibiru, o Planeta Nove é outro planeta hipotético que órbita em algum lugar do
nosso sistema solar. Ao contrário de Nibiru, a NASA e os astrônomos do
Instituto de Tecnologia da Califórnia pensam que o Planeta Nove pode existir,
embora não haja nenhuma evidência clara de que sim. Astrônomos especularam a
existência do Planeta Nove após observar as órbitas irregulares de cinco
objetos solares muito além de Netuno.
Os
astrônomos acreditam que o Planeta Nove tem o mesmo tamanho de Urano ou Netuno,
tem uma massa 10 vezes maior que a da Terra e está 20 vezes mais distante do
Sol do que Netuno. Eles acreditam que o planeta nove leva 10.000-20.000 anos
para completar uma revolução ao redor do sol.
8. Contra
Terra
No século IV
aC, o filósofo grego Filolau propôs a existência de um planeta que o chamou de
Contra-Terra. Ele acreditava que a Contra-Terra estava sempre no lado oposto do
sistema solar da Terra. Isso significava que o Sol, a Terra e a Contra-Terra
estariam sempre na mesma linha.
Filolau
acreditava que a Contra-Terra era invisível da Terra porque a Contra-Terra
sempre foi obscurecida pelo Sol. Hoje, sabemos que nunca poderia ter existido.
Se tivesse, nós o teríamos visto da Terra, porque todos os planetas do sistema
solar são afetados pela atração gravitacional de outros planetas.
A atração
gravitacional de Mercúrio e Vênus teria alterado a órbita da Contra-Terra e
deslocado sua posição no lado oposto do sistema solar. Isso o tornaria visível
da Terra. A Contra-Terra teria se aproximado da Terra ao longo do tempo e ambos
os planetas teriam se encontrado.
9. Tiamat
Os sumérios
acreditavam que um planeta chamado Tiamat ficava entre Marte e Júpiter. No
entanto, há algum debate sobre onde este planeta está hoje. Em seu livro, Dark
Matter, Missing Planets and New Comets, Tom van Flandern afirmou que o
planeta foi destruído há 65 milhões de anos e se tornou o cinturão de asteróides.
Zecharia
Sitchin contestou isso em seus livros O Décimo Segundo Planeta e O Código
Cósmico. Em vez disso, ele declarou que Tiamat mudou de órbita e agora é a
Terra. Sitchin disse que Tiamat mudou de órbita depois de colidir com um
planeta hipotético chamado Marduk e suas três luas.
Sitchin
afirmou que a colisão formou um novo planeta que se partiu ao meio. Dois
pedaços dele se moveram para mais perto do Sol para se tornar a Terra e a Lua,
enquanto os detritos restantes se tornaram o cinturão de asteróides. Sitchin
acrescentou que as antigas luas de Tiamat também foram lançadas em novas
órbitas. Ele acredita que uma das luas caiu em Marte e criou a grande fenda.
Fonte: Listverse