6 coisas incomuns que os pesquisadores já lançaram no espaço
O tamanho dos mistérios relacionados ao espaço, pode parear
facilmente com o seu vasto tamanho. O universo fascina a mente humana desde as
épocas mais remotas e é esse fascínio pelo desconhecido que instiga a nossa
vontade de compreender o que existe além desse pequeno ponto azul que vivemos.
Sabemos bem que a sede de conhecimento humano é grande,
diante disso a nossa raça não pensou duas vezes antes de enviar uma quantidade
de itens e criaturas bizarras ao espaço, incluindo música, animais, mensagens
de texto, restos humanos e até mesmo sêmen. Claro que foram muito mais coisas, mas
para não deixar esse texto enorme resumimos seis dos mais curiosos. Confere aí!
1. Slime
Também
obcecados pela modinha do Slime em 2020, os astronautas da Estação Espacial Internacional resolveram lançar o satisfatório brinquedo no
espaço. Para isso, a Nickelodeon enviou cerca de dois litros do produto para a
estação espacial para os astronautas jogarem balões cheios deste no espaço para
entender como um fluido que não é água se comporta na ausência de gravidade. As
descobertas do experimento podem impactar como os líquidos são manuseados no
espaço e podem influenciar a irrigação das plantas dentro da estação espacial,
dentro de futuras missões espaciais.
2. Chips
de tecido
Os chips de
tecido são minúsculos dispositivos complexos da bioengenharia que contêm
células humanas em uma matriz 3D que imita a estrutura e a função dos sistemas
de órgãos humanos, como o coração, os pulmões e os rins.
Lançado no
espaço em 2018, os cientistas usam chips de tecido para estudar como drogas e
doenças afetam o corpo humano no espaço e para entender o impacto de longo
prazo da microgravidade na saúde.
A tecnologia
poderia eventualmente permitir que os astronautas trouxessem chips de tecido personalizados,
que poderiam ser usados como uma forma de mantê-los saudáveis em missões
espaciais por meio do monitoramento de mudanças em seus corpos e do teste de
possíveis tratamentos.
3.
Água-viva
Não é de
agora, desde o início dos anos 90 cientistas têm enviado águas-vivas ao espaço
para testar os efeitos da ausência de peso em seu desenvolvimento à medida que
amadurecem. A primeira missão que colocou água-viva em órbita em 1991 enviou
mais de 2.000 pólipos de água-viva contidos em frascos e bolsas cheias de água
do mar artificial.
Para induzir
os pólipos a nadar livremente e se reproduzir, os astronautas injetaram
produtos químicos nas bolsas a bordo do ônibus espacial Columbia - quando a
missão terminou, mais de 60.000 medusas viviam no espaço! E acontece que as
geleias espaciais tiveram muita dificuldade em tentar nadar em gravidade normal
quando voltaram para a Terra: estavam experimentando vertigem extrema.
4.
Salmonela
Em 2007,
pesquisadores da Arizona State University tiveram a ideia de enviar uma amostra
de salmonela ao espaço, uma das causas mais comuns de intoxicação alimentar.
Segundo os pesquisadores, esse experimento serviu para entender como as
bactérias reagem à gravidade zero. Assustadoramente, a bactéria se tornou ainda
mais virulenta no espaço - notícias preocupantes para futuras colônias
espaciais.
5.
Aranhas
Aranhas
tecelãs de orbe dourada colocadas em um recipiente com comida e luz foram
enviadas ao espaço para observar como se orientariam em um ambiente com ausência
de gravidade.
Os
pesquisadores fotografaram as teias de aranha a cada cinco minutos, enquanto as
luzes do teto eram desligadas e ligadas a cada 12 horas para simular a luz do
dia. No ano passado, eles descobriram que a gravidade é o guia de orientação
mais importante para as aranhas quando se trata de construção de teias.
A direção da
luz, entretanto, funciona como uma espécie de “sistema reserva” na ausência de
gravidade. A questão de por que isso acontece ainda está sem resposta, então
pode haver mais astronautas-aranha no futuro.
6.
Esperma de rato
Em 2013, uma equipe de cientistas lançou amostras liofilizadas de espermatozóides de camundongos no espaço, deixando-as armazenadas por mais de nove meses a bordo da Estação Espacial Internacional. O espaço não tem uma atmosfera para proteger o DNA da radiação solar e, quando o DNA é danificado, pode impedir que a prole termine e pode causar defeitos de nascença e doenças. Mas isso não aconteceu. O esperma liofilizado retornou com segurança à Terra e gerou filhotes de camundongos saudáveis após ser reidratado.