Era isso que as pessoas usavam antes do papel higiênico ser inventado
Milhares de
anos onde nem sonhava em na proeminência apocalíptica do papel higiênico, o ato
de limpar o ânus era aparentemente muito mais doloroso e insano do que
poderíamos imaginar.
Se você
nascesse em épocas mais remotas, você não iria encontrar papeis higiênicos de
folha simples e muito menos dupla ou tripla. Fazer as necessidades sem a ajuda
de um destes era uma questão de bravura.
Mas se não
tinha os rolinhos branquinhos para nos salvar, o que as pessoas usavam antes do
papel higiênico?
De
esponjas e palitos, a pedaços de cerâmica
Segundo
a National Geographic, acredita-se que
na Roma Antiga (século 5 aC ao século 2 dC), as pessoas usavam um tersório uma
espécie de bastão com uma esponja na ponta usado para limpar a região anal.
Essa esponja
ficava embebida em vinagre ou água salgada. Mas não era utensílio de uso
pessoal exclusivo, não. O tersório estava disponível em vários banheiros
públicos sendo compartilhado por quem chegasse. ECAA!
Há cerca de
2.000 anos, algo semelhante era também usado pelos chineses, só que na ocasião
eles usavam varas de madeira ou bambu cobertas com pano para fazer a limpeza. O
que não deixa de ser nojento.
Outra
ferramenta de limpeza usada na antiguidade clássica eram os pessoi. Eles eram
basicamente peças circulares de cerâmica. Uma investigação publicada no The British Medical Journal,
indica que devido à textura áspera destes elementos, é possível que o seu uso
habitual causasse "irritações localizadas, danos na pele ou na mucosa, até
complicações de hemorróidas externas".
O diâmetro
dessas peças variou entre três e dez centímetros e a espessura entre 0,6 e 2,2.
Os pessoi foram descobertos nas ruínas de antigas latrinas romanas e gregas.
Como dado
adicional, e não menos curioso, é a possível utilização dos ostraka como se fossem pessoi. Os ostraka
eram conchas ou fragmentos de cerâmica nos quais estavam escritos os nomes dos
cidadãos condenados ao ostracismo
(exílio na Grécia Antiga).
Os
primeiros registros do uso do papel higiênico
Descobertas
baseadas em fatos históricos que datam do século 6 DC. C. indicam que os
primeiros a usar papel para higienizar o ânus foram os chineses.
Mais tarde,
no século XIV, a matéria-prima com a qual o papel era feito era a palha de
arroz. Em 1393 já era produzido em massa para membros da família imperial, que
tinham o privilégio de usar folhas de papel perfumadas e macias.
Em
contraste, a sociedade ocidental levou até 1857 para começar a adquirir
seu primeiro papel higiênico produzido
em massa. Naquele ano, nos Estados Unidos, o inventor Joseph Gayetty apresentou
folhas de papel de cânhamo de Manila umedecido com babosa, como uma solução
médica que prometia prevenir hemorróidas.
O próximo
salto no papel higiênico ocorreu em 1890, quando dois irmãos Clarence e Edward
Irvin Scott popularizaram o conceito de rolo de papel higiênico. Naquela época,
as pessoas ainda se recusavam a encomendar esse produto nas lojas, o que
consideravam um tabu.
Foi somente
em 1928 que deixou de ser um item medicinal para se tornar um produto de uso
geral, massificado e fortemente promovido pelo marketing, a tal ponto que hoje
muitos não conseguem conceber a vida sem papel higiênico.
Fonte: Grandes Médios