Aquarela, guache ou óleo? Você conhece os tipos de pintura?
A arte é um
meio de expressar os mais diferenciados sentimentos, através de uma pintura,
quadro ou escultura podemos compreender o imaginário subliminar dos seus
criadores.
Quando
falamos em arte, também falamos em diversas técnicas e modos especialmente
quando se trata de pinturas. Muito ouvimos falar palavras como, acrílico,
afresco, têmpera e outros porém muitas vezes não sabemos o que realmente
significam, se você se enquadra nessa pelotão e quer desvendar mais o universo
das artes confira os principais tipos de pinturas e seus detalhes.
Têmpera
Amplamente
usada na arte italiana durante os séculos 14 e 15. A Têmpera é uma técnica de
pintura em que pigmentos e água são misturados a uma goma orgânica (como a gema
de ovo por exemplo). Preferencialmente aplicada em paredes ou painéis de
madeira com gesso da época, a técnica acabou pouco a pouco sendo abandonada por
causa das limitações que possuía já que não era possível, por exemplo, obter
muitas tonalidades de cor. Com isso, muitos pintores e artesãos começaram a
trabalhar com pintura a óleo.
Dentre suas
principais características está um efeito brilhante e muito luminoso. O artista
italiano Duccio di Buoninsegna, que viveu entre os séculos 13 e 14 escolheu
essa técnica para grande parte dos quadros que fez.
Aquarela
De acordo
com historiadores, essa prática remonta da China aproximadamente 2 mil anos
atrás. (época em que surgiram o papel e os pincéis). Nela, os pigmentos são
dissolvidos em água ou usados sobre uma superfície, como uma paleta de cores
feita de madeira. Quem usa a aquarela, costuma retratar a natureza.
Sua
principal característica é a transparência das cores. Kieron Williamson, do
Reino Unido, é um dos artistas que usa a técnica para pintar paisagens, como no
quadro Aldeburgh (2016).
Pintura a
óleo
Conhecida
desde o século 12 quando surgiu na Europa para fins de decoração, a pintura a
óleo possui secagem lenta levando até meses para secar todas as suas camadas
especialmente quando são muito espessas. A mistura possui pigmentos e óleo
secante. Como essa combinação costuma ser viscosa (mais grossa do que uma tinta
comum), ela leva também solvente em sua composição. Outro ponto relevante é que
só foi a partir do século 15 que a pintura a óleo foi adotada nas artes.
Além de
permitir a criação de detalhes de sombra e luz, dentre os pintores que usam
esse método estão os irmãos Eyck, da Bélgica – Jan Van Eyck pintou o famoso
quadro a óleo O Casal Arnolfini (1434).
Acrílico
Queridinha
de muitos pintores, a técnica usa apenas usa tinta solúvel em água em sua
composição. Tem secarem rápida e um cheiro menos forte. A história dela é
recente: a tinta acrílica só chegou ao mercado norte-americano nos anos 1950.
Antes, era usada por artistas mexicanos, que faziam exposições em grandes
painéis em espaços públicos.
A
resistência à úmidade é uma de suas
principais características. Um dos pintores que inspirado pela técnica, é Diego
Rivera, muralista mexicano. Uma das principais obras dele é Patricios y
Patricidas, mural feito entre 1945 e 1960.
Afresco
Provavelmente
você já deve ter alguma pintura no teto ou nas paredes de uma igreja não é
mesmo? Anime-se, pois você estava olhando para uma pintura em Afresco. Neste
método, os artistas pintam sobre camadas de revestimento de cimento fresco ou
úmido, gesso ou nata de cal e argamassa. Popular entre gregos e romanos, o
afresco era usado para representar temas como grandes guerras em murais.
Como o
reboco do afresco desbota os tons, os melhores resultados são obtidos com cores
suaves. Um dos artistas a adotar a técnica foi o pintor, escultor e poeta
Michelangelo. É das mãos do italiano que saiu a encantadora pintura no interior
da Capela Sistina, no Vaticano.
Encáustica
Muito
utilizada por gregos e romanos, a encáustica foi amplamente usada na
antiguidade. Levando uma mistura de cera e pigmentos, que fica densa e cremosa,
existem inúmeras pinturas antigas com essa técnica, registem intactas até hoje.
Hoje em dia, a mistura da encáustica contém cera de abelha e cera carnaúba.
Sendo muito
a resistência à marca da sua principal característica, o norte-americano Jasper
Johns fez no início de sua carreira diversos quadros, bandeiras e mapas. Todos
com origem na técnica encáustica.
Guache
Também conhecida
como aquarela concentrada, a guache é uma tinta à base de água, que já foi
bastante usada por artistas da Idade Média em iluminuras (pinturas de
pergaminhos medievais). O que a torna a aquarela diferente é o fato de ser mais
pesada – deve ser usada sobre papel mais pesado.
Sua
principal característica é que ela não possui muito brilho. O pintor brasileiro
Arsênio Cintra da Silva, brasileiro, introduziu essa técnica em nosso país,
retratando, principalmente, paisagens do campo, como na obra Arredores de Paris
(feita por volta de 1960).
Nanquim
Originado na
China há mais de 2 mil anos, o nanquim é um tipo de tinta preta (na verdade um
corante/pigmento) para caneta e para pincel. Por ser solúvel, a técnica é muito
utilizada para caligrafia e lettering, ilustração em estilos orientais (mangá),
desenho no estilo de HQs e até pinturas com aspecto aquarelado.
O nanquim é
um tipo de tinta preta (na verdade um corante/pigmento) para caneta e para
pincel, com origem na China há mais de 2 mil anos. É muito utilizado para
caligrafia e lettering, ilustração em estilos orientais (mangá), desenho no
estilo de HQs e até pinturas com aspecto aquarelado, já que o nanquim é
solúvel.
Bem além da
utilização com bico de pena e pincéis de bambu, atualmente as canetas de
nanquim disponíveis no mercado, garantem um trabalho limpo e de fácil controle.
Como em toda técnica úmida, as características do papel que servirá de base
devem ser consideradas para que o resultado final seja satisfatório – como
gramatura, tipo de fibra, etc.
Via:
Recreio, Papelaria Universitária