Homem compra casa sem saber que antepassados eram escravizados ali
Um
norte-americano vivenciou um fato curioso ao descobrir que a casa que ele
comprou Spotsilvânia, em Virgínia (EUA), foi o antigo lugar onde seus
antepassados foram escravizados. De acordo com a rede de TV americana CBS News,
Fred Miller de 56 anos, adquiriu o imóvel em maio de 2020 para sediar reuniões
familiares e só agora fez essa descoberta bizarra.
A casa já
foi uma plantação chamada Sharswood nome do bairro onde ela fica. A residência
foi construída na década de 1850 por um tio e sobrinho proprietários de
escravos que compartilhavam seu sobrenome. "Se eu soubesse que havia uma
'Miller Plantation', talvez eu pudesse colocar uma conexão com o sobrenome
Miller e aquela plantação", disse.
Pesquisas
e mais pesquisas
Para chegar
a descoberta incomum, Fred teve a ajuda de sua irmã Karen Dixon-Rexroth e dos primos
Dexter-Miller e Sonya Womack-Miranda, que auxiliaram na pesquisa do local.
"Algo
me levou a conhecer a história deste lugar", disse Dixon-Rexroth. "Eu
sabia que era um lugar antigo de 1800, então comecei a partir daí, olhando para
os proprietários anteriores e também para quaisquer registros disponíveis
online".
Durante a
conversa exibida pela CBS News, Dexter, o primo de Fred, perguntou ao seu
ex-colega de trabalho e irmão da antiga dona da casa, Bill Thompson, onde
ficava o cemitério dos escravos. "Eu disse: 'Bill, há uma pergunta que
está me incomodando: onde fica o cemitério de escravos?' Ele disse: 'Dexter, é
bem ali.' Eu disse: 'Bem onde?' Ele disse: 'Você vê aquelas árvores ali?'
Fred definiu
isso como algo de “partir o coração”, falou. "Só de pensar que todos esses
anos me perguntando, e estava bem debaixo do meu nariz o tempo todo, bem
aqui".
Além de
limpar o cemitério, ele planeja criar uma fundação sem fins lucrativos para restaurar
as senzalas da propriedade para ajudar e educar pessoas interessadas na
história da escravidão.
A irmã
afirmou que o lugar se tornou algo de profundo significado e conexão com o
passado. "Eu definitivamente diria que, em toda esta propriedade, posso
sentir algo dentro de mim quando estou andando ou simplesmente fazendo qualquer
coisa. Eu sei que nossos ancestrais estão olhando para nós com um sorriso”.
Fonte: UOL