País digital: entenda como esse país planeja migrar para o metaverso
A internet esta
cada vez mais presente nas nossas vidas. Nela, já guardamos, nossas músicas,
recordações, trabalhos, etc. Só que agora, um país inteiro quer migrar para
ela. O Tuvalu, pequeno país é formado por um conjunto de ilhas paradisíacas no
meio do Oceano Pacífico e que corre o risco de simplesmente desaparecer por
causa do aquecimento global. Propus a ideia de digitalizar todas as
características físicas e culturais, tornando Tuvalu a primeira nação digital
do mundo.
O país vai ser engolido pelas águas do extenso pacífico
- Tuvalu tem cerca de 11 mil habitantes e
o ponto mais alto do país está a apenas cinco metros do nível do mar.
- Há anos cientistas alertam que a nação
pode ser a primeira do mundo a desaparecer por completo, sendo engolida pela
água nas próximas décadas como resultado direto do aquecimento do planeta.
- Vários pedidos de socorro já foram
feitos pelas autoridades do país.
- Na Conferência das Nações Unidas sobre
as Mudanças Climáticas de 2009 (COP15), o governo de Tuvalu fez um apelo para
que os países em desenvolvimento assumissem o compromisso de reduzir as
emissões dos gases de efeito estufa.
- Já em 2021, na COP26, o representante
do país discursou em um vídeo gravado dentro do mar, mostrando os efeitos já
sentidos das mudanças climáticas no país.
- E em novembro deste ano, a nação fechou
um acordo com a Austrália para receber os refugiados climáticos tuvaluanos que
perderão seu território no futuro.
A primeira nação no metaverso
O destino das ilhas parece irreversível, mas o governo do país idealizou uma solução a fim de evitar que o país desapareça por completo: digitalizar desde a configuração física do território até as danças tradicionais do povo. A ideia é que, digitalmente, a população possa inclusive participar de eleições.
"O mundo não agiu, e por isso nós, no Pacífico, tivemos de agir. À medida que a nossa terra desaparece, não temos outra escolha além de nos tornar a primeira nação digital do mundo. Nossa terra, nosso oceano e nossa cultura são os bens mais preciosos de nosso povo. Para mantê-los protegidos de danos, não importa o que aconteça no mundo físico, iremos movê-los para a nuvem. Nossa nação digital fornecerá uma presença on-line que poderá substituir nossa presença física e nos permitirá continuar a funcionar como um Estado".
Simon Kofe, ministro de Justiça, Comunicação e Relações Exteriores
Em meio a
COP28, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o governo do Tuvalu
informou que já foram realizados avanços no projeto batizado de “Future Now”
(Futuro Agora, em português). As autoridades já mapearam tridimensionalmente as
124 ilhas e ilhotas que compõem o território, estão criando um passaporte
digital para que as pessoas possam continuar casando ou participando de
eleições de forma on-line, além de investir na infraestrutura nacional de
comunicações. O governo ainda está perguntando ao povo o que eles gostariam de
preservar digitalmente.
Além do mais, o
país já mudou a definição de Estado na sua Constituição. Os novos termos dizem
que “o Estado de Tuvalu, dentro do seu quadro histórico, cultural e jurídico,
permanecerá perpetuamente no futuro, apesar dos impactos das alterações
climáticas ou de outras causas que resultem na perda do território físico”.
Até o momento,
doze países, como as Bahamas e o Gabão, por exemplo, já reconheceram a nova
definição tuvaluana. As autoridades empreendem esforços para que toda a
comunidade internacional siga o mesmo caminho, o que garantiria a manutenção da
soberania de Tuvalu. As informações são do G1.
Fonte: OlharDigital